terça-feira, 19 de maio de 2015

Osteopatia: Como nos pode ajudar?


A osteopatia é um tratamento surgido nos EUA, criado pelo Dr. Andrew Taylor Still(1828-1917), que apresentou os princípios desta terapia natural.É um sistema de avaliação e tratamento, com metodologia e filosofia própria, que visa restabelecer a função das estruturas e sistemas corporais, agindo através da intervenção manual sobre os tecidos (articulações, músculos, fáscias, ligamentos, cápsulas, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático).
A validade da osteopatia é tão concreta que é recomendada e incentivada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como prática de saúde. De acordo com Andrew Still, o corpo humano é um sistema capaz de se auto-regenerar, sendo o dever do osteopata eliminar os fatores que o impedem de funcionar de forma saudável. Assim, cientificamente a osteopatia assenta na anatomia e simultaneamente recorre a uma visão holística que integra a mente e o corpo, sendo que este acaba por curar-se a si mesmo desde que a sua mecânica interna esteja saudável.










O que a osteopatia pode tratar? 
O campo de tratamento da osteopatia é muito amplo pois ele abrange todo o corpo humano. Esta pode tratar as doenças mais frequentes, nomeadamente ciáticas, lombalgias, dorsalgias, cervicalgias, escolioses, hérnias discais e torcicolos. Podem ser tratados também entorses, tendinites, epicondilites, síndromes do túnel cárpico, dores nos ombros, problemas da articulação temporo-mandibular (ATM), tensões e contracturas musculares e todos os problemas decorrentes de acidentes de viação, quedas, fraturas ou cirurgias.
Pode ajudar a resolver também enxaquecas, dores de cabeça, problemas digestivos, insónias, depressão, vertigens, labirintites, sinusites, glaucoma, tensão pré-menstrual, obstipação, stress e problemas respiratórios. O osteopata não elimina apenas as consequências do problema, procura sempre desvendar a razão do sintoma para poder curar o doente. 
Para isso, e utilizando as mãos como instrumento, recorre a variadas técnicas. Estas são as mais comuns:
- Técnicas estruturais, que visam reajustar uma articulação, mesmo se o seu deslocamento é mínimo e invisível nas radiografias
- Técnicas musculares, que visam o tratamento dos músculos e tendões
- Técnicas cranianas, que são as mais subtis e que permitem tratar a totalidade do corpo partindo do crânio
- Técnicas viscerais que tratam dos órgãos e das relações entre eles
- Técnicas linfáticas e imunitárias, que visam o sistema linfático e o sistema imunitário
- Técnicas fasciais que trabalham sobre os tecidos fasciais do corpo humano

A quem se destina a osteopatia?
A osteopatia pode ser aplicada a toda a gente, desde o
recém-nascido até ao idoso, passando pelas grávidas e pelos atletas.
Tem algumas contraindicações tais como cancro dos ossos, artrite reumatoide
na fase aguda e osteoporose avançada. O osteopata não tem a pretensão de curar. 

A cura é uma consequência de uma série de fatores e depende principalmente da vontade do paciente.
Porém, liberando as imensas tensões a que o corpo humano está sujeito, o osteopata vai dar ao homem que sofre as informações que irão permitir que ele procure a sua autocura.


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pilates para a Terceira Idade




Afinal, do que se trata o tão comentado método Pilates? É, realmente, capaz de trazer tantos benefícios para terceira idade? Por que cada vez mais médicos e fisioterapeutas indicam Pilates para idosos?
O fato é que com o passar dos anos é natural que haja diminuição de importantes capacidades funcionais: o equilíbrio piora, os músculos enfraquecem, a resistência diminui, a postura já não é a mesma, a caminhada fica mais lenta e é perceptível o aumento da dificuldade em realizar atividades, que até então eram fáceis e corriqueiras.














Todas essas constatações associadas à falta de exercício físico contribuem para aparecimento de dores articulares e musculares, cansaço, dificuldade em executar atividades diárias, quedas frequentes e, consequentemente, diminuição da capacidade funcional.
O desafio é envelhecer com saúde e de forma ativa. É – exatamente- neste ponto, que o Pilates atua como aliado.
O método de condicionamento físico desenvolvido por Joseph Pilates surge do equilíbrio entre filosofias de relaxamento, ligação do corpo e da mente, com ênfase no fortalecimento muscular, resistência e intensidade dos movimentos.
Os princípios fundamentais são a concentração, a real consciência do exercício realizado, movimentos controlados e suaves, trabalho respiratório para guiar os exercícios, estímulo de um centro de força que ativam os músculos responsáveis pela estabilidade do tronco e sustentação da coluna. Princípios esses, que favorecem todos os benefícios que o método propõe.
Por ser uma atividade de baixo impacto e individualizada, é essencial que seja realizada com supervisão de qualidade. Não à toa é um método muito indicado para idosos ao atuar como prevenção e\ou em pós-tratamento médico e fisioterápico de dores articulares.
A idéia é uma aula que se trabalhe o corpo de forma uniforme, integrando corpo e mente.
Entre os benefícios gerais que uma atividade física regular pode gerar ao idoso, o Pilates na terceira idade propõe:
– aumento da flexibilidade muscular
– melhora da mobilidade das articulações
– melhora do equilíbrio e coordenação motora
– aumento da consciência corporal e postural
– fortalecimento muscular
– melhora da capacidade respiratória e concentração
Todos esses fatores contribuem para a melhora da qualidade de vida, diminuem os riscos de quedas e suas consequências, aliviam as dores articulares e aumentam a autoestima do idoso.
Porém, para aplicação de qualquer técnica, é necessário que princípios básicos sejam respeitados e, para isso, o acompanhamento de um profissional especializado e com formação completa em Pilates fazem a diferença.
Avaliação prévia
Antes de iniciar as aulas, é essencial a realização de uma avaliação específica capaz de identificar as limitações físicas, presença de dor e nível de aptidão física do idoso. Somente com um estudo personalizado é possível direcionar as aulas de acordo com o objetivo de cada aluno, identificar quais habilidades devem ser desenvolvidas, os exercícios adequados a fim evitar lesões e recidivas de quadros álgicos, assegurando a eficácia e os bons resultados.

Personal Pilates
Se você é idoso, se identificou e quer cuidar da sua saúde, inicie a prática do Pilates. Lembre-se de procurar um profissional qualificado e conheça a diversidade de exercícios e todos os benefícios que o método pode lhe proporcionar. Contacte o Instituto Médico de Albufeira e agende a sua avaliação individual e personalizada.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Ortorexia, " The Health Food Junkies " . . .




Face ao surgimento de uma consciência social sobre a importância da alimentação - o que comemos e como comemos - desenvolveram-se todo o tipo de soluções e teorias sobre o que deve ser uma alimentação correcta.

Surge então uma nova vaga de alterações patológicas que se relacionam com a obsessão por um estilo de vida saudável. A ortorexia é uma dessas alterações que surge em caso de extremismo comportamental relativamente à alimentação.


O termo 
ortorexia é de origem grega – “orthós” significa correto e “orexsis”, fome – e foi criado pelo médico americano Steven Bratman, autor do livro Health Food Junkies (algo como Viciados em Comida Saudável) 









Segundo ele, quem apresenta o problema possui uma fixação por alimentação saudável e chega a gastar horas pensando no assunto. Apesar de a ortorexia ser reconhecida pelos profissionais de saúde como um distúrbio de comportamento alimentar, o termo ainda não é usado como diagnóstico.

Para conseguir manter uma dieta que considera correta, o ortoréxico inicia uma busca obsessiva por regras alimentares. Qualquer item considerado “impuro” (como aqueles que contêm corantesconservantespesticidasgorduras, excesso de sal ou açúcar e outros componentes) é excluído da alimentação. Na maioria das vezes até a forma de preparo e os utensílios usados fazem parte das preocupações de quem tem ortorexia.

Os conceitos usados pelos ortoréxicos são, na maioria das vezes, baseados em informações verdadeiras (por exemplo: não é errado pensar que o uso exagerado de sal faz mal à saúde). O problema é que aplicam esses conhecimentos de forma exagerada, fazendo com que a dieta tome conta de sua vida. Quando estão fora de casa, por exemplo, muitos indivíduos preferem ficar em jejum a ingerir algum alimento considerado impuro.

Por se submeter a diversas restrições, chegando até a excluir determinados grupos alimentares da dieta, o portador de ortorexia corre sérios riscos de apresentar deficiência de algum nutriente essencial ao bom funcionamento do organismo. Disfunções como anemia e avitaminose são exemplos de problemas de saúde que podem ser desenvolvidos em decorrência da fixação por alimentos saudáveis. Outro dano inevitável causado pela ortorexia é o isolamento social. Como é muito difícil encontrar quem compartilhe dos mesmos hábitos, o portador do distúrbio prefere faltar a compromissos que envolvam comida – como um almoço em família – a ter que justificar suas escolhas ou ser tachado de neurótico. Muitas vezes, também deixa de realizar algumas atividades para que possa se dedicar com mais afinco à descoberta de novas preparações e combinações alimentares.

Como a ortorexia não é um transtorno alimentar reconhecido, não há um tratamento específico para o quadro. Geralmente, indica-se a combinação de terapia nutricional e psicoterapia para ajudar o paciente a desmistificar os conceitos estabelecidos sobre dieta saudável. Assim, espera-se alterar os padrões alimentares sem prejudicar a autoestima do paciente.

Convém portanto, ponderar bem nas informações que recolhemos e adapta-las ao nosso registo individual e estilo de vida, devidamente contextualizadas e incluida num estilo de vida activo.

Relembro que a dieta deve sempre ser suportada por uma alteração de padrões comportamentais e rotinas, e nunca uma solução isolada por si só para combater o sedentarismo.

Nesse campo, há que calcular os gastos energéticos diários de um individuo e construir uma base sólida para um rotina duradoura que equilibre o aporte calórico diário e o seu consumo.

Informação, consciência, variação e ponderação, são pilares fundamentais para atingir resultados vitalicios e realmente benéficos a longo prazo.


Bernardo C. Carneiro,
Diretor Clínico Instituto Médico de Albufeira

Fontes: Wikipedia, OMS, Lifestyle Portal